
NOTA
'Veredito está dado', diz Caiado em nota de solidariedade a Bolsonaro
Ex-presidente teve prisão domiciliar decretada na segunda-feira

Ex-presidente Jair Bolsonaro está em prisão domiciliar | Foto: Assessoria Bolsonaro
O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) publicou em suas redes sociais uma nota de solidariedade ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que teve a prisão domiciliar determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, na segunda-feira (4). "Se um cidadão não pode se manifestar publicamente em sua defesa, é porque o veredito está dado."
Ainda segundo o governador, "a decretação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro confirma o que disse anteriormente: infelizmente, antes da conclusão de seu julgamento, o ex-presidente já está condenado." Para o gestor, o processo "começou errado", uma vez que o STF deveria julgar o ex-presidente no pleno, e não na primeira turma, como acontece.
Pré-candidato à presidência, ele aproveitou para dizer que "o Brasil exige mudança, com uma liderança que tenha autoridade moral e seja capaz de dialogar com todos os Poderes e, com equilíbrio, pacificar o Brasil e conduzir as reformas que realmente importam". E, ainda, que "essa escalada política aprofunda as divisões que ferem o País e deixam o povo brasileiro em segundo plano".
Prisão domiciliar
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decretou, na tarde de segunda-feira, a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. No documento, o magistrado alega que o ex-mandatário utilizou as redes sociais de aliados para divulgar mensagens com "claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo".
“Não há dúvidas de que houve o descumprimento da medida cautelar imposta a Jair Messias Bolsonaro”, destacou o ministro na decisão. Com isso, Bolsonaro fica impedido de receber visitas, salvo por familiares próximos e advogados. Também ficou determinado o recolhimento de todos os aparelhos celulares disponíveis no local.
Defesa
A defesa do ex-presidente afirmou que ele não descumpriu as medidas impostas pelo STF e que irá recorrer. Conform os advogados de Bolsonaro, “em momento algum Jair Messias Bolsonaro foi proibido de conceder entrevistas ou proferir discursos em eventos públicos” e "a frase ‘Boa tarde, Copacabana. Boa tarde, meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos’ não pode ser compreendida como descumprimento de medida cautelar, nem como ato criminoso”.
