
"EXTREMAMENTE VIOLENTO"
PC-GO explica como agia 'serial killer' de Rio Verde
investigação começou após o desaparecimento de uma mulher de 23 anos, que não chegou ao trabalho na madrugada em que saiu de casa

investigado foi visto observando a ação policial e, ao tentar fugir, foi preso pelos agentes | Foto: Divulgação/PC-GO
A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) realizou na manhã desta segunda-feira, 29, uma coletiva de imprensa para detalhar a prisão de Rildo Soares dos Santos, suspeito de cometer diversos crimes, incluindo feminicídios, estupros e latrocínio, no município de Rio Verde. O suspeito ficou conhecido nos últimos dias como ‘serial killer de Rio Verde’.
A ação contou com atuação integrada de diferentes grupos da PC-GO, resultando na prisão de um criminoso considerado “em série”, com histórico de violência que também se estende ao estado da Bahia.
As investigações revelaram que o suspeito agia com violência, escolhendo como alvos, em sua maioria, mulheres em situação de vulnerabilidade – moradoras de rua ou usuárias de drogas –, geralmente durante a madrugada e em um raio de 500 metros de sua residência.
Participaram da coletiva desta segunda-feira o delegado-geral da PC-GO, André Ganga, o delegado regional de Rio Verde, Danilo Fabiano, o delegado Adelson Candeo (GIH) e a delegada Fernanda Simão (Deam).
Entre as principais características de seus crimes, destacam-se: agressões desproporcionais, com graves traumas na cabeça; ataques sexuais; uso de disfarce; fascínio por fogo (em um dos casos ele chegou a atear fogo em uma mulher ainda com vida); dissimulação e ocultação de cadáveres.
Conforme explicado pela PC-GO, a investigação começou após o desaparecimento de uma mulher de 23 anos, que não chegou ao trabalho na madrugada em que saiu de casa.
Imagens de câmeras de segurança registraram Rildo abordando a vítima e a levando para um terreno baldio, de onde saiu sozinho minutos depois. O corpo foi localizado enterrado sob entulhos no mesmo local.
Durante os trabalhos da Polícia Civil e da Superintendência da Polícia Técnico-Científica, o investigado foi visto observando a ação policial e, ao tentar fugir, foi perseguido e preso por um agente da PC-GO.
Em sua posse estavam documentos e pertences da vítima em questão. Confrontado com as provas, confessou o crime e admitiu a prática de outros delitos, sendo encontrados em sua residência uniformes de gari e objetos pertencentes a outros alvos de ataque.
A Polícia Civil também mostrou que as investigações ainda apuram sua ligação com outros casos de estupros, tentativas de homicídio e desaparecimentos na região, além de delitos cometidos no estado da Bahia.
A divulgação da identificação do preso ocorre em conformidade com a Lei nº 13.869/2019 e com a Portaria nº 547/2021/DGPC, conforme despacho da autoridade policial responsável pelo inquérito, fundamentado na possibilidade concreta de identificação de novas vítimas.
