O minstro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido do deputado Gustavo Gayer (PL) para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ex-mandatário está em prisão domiciliar e só pode receber visitas mediante autorização do Supremo.

Como justificativa, Moraes argumentou que Gayer é alvo de investigação que tem conexão com processos abertos contra Bolsonaro. "Em face da medida cautelar imposta ao custodiado Jair Bolsonaro pela decisão de 17/7/2025, consistente em proibição de comunicar-se com réus ou investigados em ações penais, ou inquéritos conexos, inclusive por meio de terceiros, indefiro a autorização de visita para Gustavo Gayer Machado de Araújo", escreveu o ministro. 

O deputado federal, por sua vez, declarou que a visita teria caráter "estritamente institucuional e humanitário". Gayer também acrescentou que estaria disposto a cumrir todas as determinações do Supremo impostas a outros nomes que foram autorizados a visitar Bolsonaro como, por exemplo, não registrar o encontro ou realizar publicações referentes ao mesmo. 

Em entrevista ao portal Metrópoles, Gayer ainda considerou a medida sem "fundamento". “Mais uma decisão absurda por completo. Essa petição que ele cita é aquela acusação ridícula de que eu teria uma escola de inglês e uma loja de camisetas no meu escritório político e estaria criando uma ONG para, no futuro, desviar emendas parlamentares. Ou seja, não tem absolutamente nada a ver com o Bolsonaro”, argumentou.