
FEMINICÍDIO
Júri condena acusado de matar companheira na frente do filho, em Goiânia
Juiz determinou pena de 9 anos e 2 meses de prisão em regime fechado

Rone Peterson Cardoso Sobrinho, acusado de matar a companheira Klaudia Horrana Pires Miguel | Foto: PCGO
O júri popular condenou, na terça-feira (16), Rone Peterson Cardoso Sobrinho, acusado de matar a companheira Klaudia Horrana Pires Miguel no dia 1º de maio de 2022, na frente do filho, em Goiânia. O juiz Lourival Machado da Costa determinou pena de 9 anos e 2 meses de prisão em regime fechado.
Consta na denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO) que o réu matou a companheira por espancamento, em razão da vítima ser do sexo feminino, configurando feminicídio e violência doméstica. Ainda conforme o MP, o casal, que se conheceu em uma clínica de reabilitação, tinha um filho de apenas 1 ano e 5 meses e mantinha uma relação marcada por brigas e agressões.
Na data do crime, Rone e Klaudia teriam se desentendido, pois a vítima queria levar o filho para pedir esmola e conseguir dinheiro para drogas. Em determinado momento da briga, o réu teria espancado a mulher até a morte.
Em seguida, ele foi ao Batalhão do Corpo de Bombeiros para pedir ajuda, mas fugiu e foi preso no dia seguinte, em Firminópolis. Na denúncia, o MP qualificou o homicídio por feminicídio, em contexto de violência doméstica, e por ser cometido na presença do filho do casal.
Ele chegou a dizer em depoimento que a esposa foi assassinada por traficantes por dívidas de drogas. Cabe recurso.
