
ALEGO
Deputado defende revogação da taxa do agro em Goiás
Na retomada dos trabalhos, Gustavo Sebba disse que há R$ 2,4 bilhões em caixa e "só duas obras" feitas com o valor arrecadado

A taxa do agro foi implementada pelo Governo de Goiás em 2022 | Foto: Alego
Durante a retomada dos trabalhos da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), nesta terça-feira, 5, o deputado Gustavo Sebba (PSDB) usou a tribuna para solicitar o apoio dos colegas parlamentares na aprovação de um projeto de lei de sua autoria que propõe a extinção da chamada "taxa do agro", criada pelo Governo de Goiás em 2022.
Segundo o parlamentar, a cobrança foi inicialmente justificada pelo governador Ronaldo Caiado como uma maneira de equilibrar as finanças estaduais após a queda na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Sebba argumenta que o cenário mudou com o novo governo federal, que assumiu a presidência em 2022. "Se foi retomada a incidência do imposto, qual o sentido em manter essa taxa?”, questionou. E continuou: "Há R$ 2,4 bilhões em caixa, fruto do esforço dos produtores goianos, e apenas duas obras foram realizadas com esse fundo”.
Em outro trecho, Sebba destacou as dificuldades enfrentadas pelo agronegócio diante de novas barreiras comerciais internacionais. “Como se não bastasse, agora temos uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros [imposta pelo governo do presidente americano Donald Trump]. Só em Goiás, no ano passado, 3% da produção foi exportada para os Estados Unidos. Com essa taxa, muitos produtores serão inviabilizados”, alertou.
Encerrando sua fala, o parlamentar defendeu que o governo estadual precisa valorizar o agronegócio e reduzir os entraves que afetam o setor. “Revogar a taxa do agro é uma forma de compensar aqueles que muito contribuem e já enfrentam diversas dificuldades”, concluiu.
