
DE VOLTA AO BRASIL
Caiado não comentou ação contra Bolsonaro, mas pode quebrar o silêncio nesta terça
"Sobre a crise política, sigo os ensinamentos de Carlos Lacerda, de que não se comenta estando fora do país", disse o governador durante missão no Japão

Caiado é pré-candidato à presidência e tenta o apoio de Bolsonaro | Foto: Reprodução
O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) não comentou as restrições impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na última sexta-feira (18). Em vídeo divulgado no sábado (19), o goiano falou sobre o tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas disse que comentaria questões políticas quando retornasse do Japão - ele iniciou o retorno ao Brasil no domingo (20).
Vale lembrar que, em 9 de julho, logo após Trump divulgar em carta aberta uma sobretaxa de 50% aos produtos brasileiros, a partir de 1º de agosto, Caiado criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No dia seguinte, contudo, ele acalmou o discurso e falou em moderação, pedindo que o Congresso participasse da negociação — sem citar o petista.
Na carta, entre outras coisas, Trump exige que cessem o que chamou de "caça às bruxas" contra Jair Bolsonaro (PL), seu aliado ideológico, réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. O Brasil tem reforçado a postura de soberania contra a chantagem do presidente dos Estados Unidos.
Caiado é pré-candidato à presidência e tenta o apoio de Bolsonaro. O ex-presidente, contudo, não dá sinais nesse sentido. Agora, o político está com toque de recolher, com tornozeleira eletrônica e sem poder publicar nas redes sociais. Analistas apontam tendência de enfraquecimento.
"Sobre a crise política, sigo os ensinamentos de Carlos Lacerda, de que não se comenta estando fora do país. Na terça-feira (22) retorno do Japão, onde estou em missão oficial e me posicionarei”, disse Caiado em seu vídeo de sábado.
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