
DEPUTADA FEDERAL
Adriana Accorsi quer proteção a autoridades sob ameaça do crime organizado
Em audiência com ministro Ricardo Lewandowski, deputada manifestou indignação contra assassinato de delegado

Delegada Adriana Accorsi discursa no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília | Foto: Reprodução
A deputada federal por Goiás, Delegada Adriana Accorsi (PT-GO), manifestou indignação com o que chamou de "cruel, covarde e audacioso" assassinato de Ruy Ferraz Fontes, que foi delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo. Ela abordou o assunto durante audiência com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, realizada na manhã desta terça-feira (16). O encontro foi realizado durante reunião da comissão especial da Câmara que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública.
A ex-delegada-geral da Polícia Civil de Goiás (PCGO) adiantou que vai apresentar um projeto de lei sobre a proteção de autoridades em circunstâncias específicas como essa de ameaças do crime organizado. Segundo ela, Ruy Fontes havia dito recentemente que se encontrava sozinho e morando sem proteção. "Precisamos proteger essas pessoas que dedicam sua vida a proteger a sociedade", afirmou.
A deputada federal argumentou que o assassinato do delegado demonstrou a necessidade da aprovação da PEC da Segurança Pública, que vai integrar e padronizar os procedimentos no sistema nacional de segurança pública. "Esperamos que, neste caso, o Ministério da Justiça possa colaborar com a investigação deste crime tão audacioso", afirmou.
Adriana Accorsi cumprimentou o ministro Lewandowski pela disposição em debater o assunto que ela considerou como "fundamental" para "modernização da legislação de combate à criminalidade", em especial ao crime organizado.
Ruy Ferraz foi morto a tiros de fuzil na noite de ontem em Praia Grande, na Baixada Santista. O crime aconteceu na avenida Doutor de Roberto de Almeida Vinhas, a poucos quilômetros da prefeitura da cidade, onde ele trabalhava. Ele atuava contra a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e era considerado como um dos principais inimigos da facção.
